"Abaixe a voz que o senhor está na presidência do Supremo. Só me dirija a palavra quando eu lhe pedir". Depois de discutir asperamente com juízes representantes da Associação Brasileira de Magistrados (ABM), da Associação do Juízes Federais do Brasil, e da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), acusando-os de trabalhar de forma "sorrateira" para aprovar no Congresso a criação de novos tribunais federais, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, provocou a reação dos ofendidos, inclusive de representantes da Câmara e do Senado.
Na tarde de ontem, as associações divulgaram nota dura, afirmando que o ministro "agiu de forma desrespeitosa, premeditadamente agressiva, grosseira e inadequada para o cargo que ocupa". Em manifestação inédita, as entidades se referem a gestão de Joaquim Barbosa como um equívoco histórico: "Como tudo na vida passa, as pessoas passam e as instituições permanecem. A história do STF contempla grandes presidentes e o futuro há de corrigir os erros presentes". O ministro Joaquim Barbosa não se pronunciou sobre a nota.
Pelo Congresso Nacional, o senador Jorge Viana (PT-AC), relator do projeto na Comissão de Constituição e Justiça, declarou: "Eu fui relator e não fiz nenhum encontro sorrateiro, negociata. Não sei em que fase estamos vivendo. Mas acho que vivemos uma fase em que misturamos hipocrisia com o medo. E isso não dá muito certo".
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