domingo, 20 de julho de 2014

Comício de Aécio Neves na Baixada foi um fracasso. A maior parte do público era de cabos eleitorais que, segundo apurou o Jornal O DIA, receberam R$ 30 para comparecer ao evento. Aposentado abordado disse que só se levantava se fosse o Lula.

‘Aezão’ não anima Queimados

A Baixada Fluminense é hoje uma das apostas para o crescimento de Aécio Neves no estado

NONATO VIEGAS
Rio - De olho nos votos da Baixada Fluminense, terceiro maior colégio eleitoral do estado, o presidenciável tucano Aécio Neves deu nesta sexta-feira a largada de sua campanha no Rio, em caminhada por Queimados. Foi o primeiro evento de rua do ‘Aezão’, movimento liderado pelo PMDB que prega o voto no tucano e no governador Luiz Fernando Pezão. 

Mas a festa de largada da campanha tucana não empolgou a população local. Sem Pezão, mas acompanhado do vice dele, Francisco Dornelles (PP), Aécio discursou para cerca de 300 pessoas, que não encheram o estacionamento do restaurante onde foi montado o palco. 

Aécio disse que escolheu Queimados porque quer virar o jogo e conquistar a maioria dos votos na cidade
Foto:  Ernesto Carriço / Agência O Dia

A maior parte do público era de cabos eleitorais que, segundo apurou O DIA, receberam R$ 30 por quatro horas de trabalho. O presidenciável reclamou da saúde pública, da economia do país, afirmou que haverá segundo turno, declarou amor ao Rio e recebeu o título de cidadão queimadense.
“Não foi por acaso que escolhi Queimados. Na última eleição, o PSDB recebeu aqui apenas 12% dos votos e o PT, 55%. Vim porque quero virar o jogo e vencer”, disse. “Quem vence na Baixada, ganha as eleições”, emendou o ex-prefeito e candidato ao Senado, Cesar Maia (DEM). 

De acordo com auxiliares do prefeito, Aécio ofereceu a Max Lemos o Ministério dos Esportes, no segundo ano de seu possível governo. O deputado federal Leonardo Picciani assumiria a pasta até 2016, quando sairia para concorrer à Prefeitura do Rio. O candidato não confirmou a informação.

Tucano é desconhecido
Candidato, Aécio Neves caminhou pelo calçadão de Queimados e apertou a mão de moradores. “É candidato a prefeito?”, perguntou à reportagem Ribamar Lins do Carmo, 71 anos. 

O aposentado disse nunca ter ouvido falar de “Aézio”, mesmo tendo diante de si as bandeiras partidárias e o carro de som. “Ah, eu só levanto daqui se for para falar com o Lula”, retrucou o aposentado, ao ser informado de que aquele poderia ser o próximo presidente da República. 


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