quinta-feira, 12 de setembro de 2013

A professora e filósofa Viviane Mosé lança o livro "A escola e os desafios contemporâneos".

Para a filosofa Viviane Mosé, que na Bienal do Livro e na noite de ontem lançou o livro "A escola e os desafios contemporâneos", o ensino no Brasil ainda é preso a uma estrutura do passado, que trata o aluno como um decorador de conteúdos. Ela defende que, numa sociedade em que o acesso ao conhecimento foi democratizado em redes sociais, é preciso abandonar modelos de ensino em massa e priorizar a educação um a um, formando os alunos desde os primeiros anos para se tornarem pesquisadores.

Na última segunda-feira (09/09), o jornal O Globo publicou uma entrevista com a filosofa de linha nietzschiana, que pode ser lido na íntegra, clicando aqui. Abaixo alguns trechos da entrevista.

"Acabou a educação de massa. Não temos nem mais meios de comunicação de massa. A pior coisa para a educação é um ensino de massa, com apostilas preparadas para um ser humano único". 

"Nosso desafio hoje não é dar diploma, mas dar poder a população de saber. Não adiante a classe C botar roupa bonita e comprar carro, pois será excluída igualmente deste sistema. Interessa é que a pessoa pensa, elabora".

"Temos hoje um problema sério de gestão da educação no país. Tanto por parte de gestores de políticas públicas, da dificuldade de interagir com várias instâncias municipais, estaduais e federais, como por parte da gestão de sala de aula.
Mas não coloco a culpa nos professores. A maioria deles está, sim, interessada em fazer mudanças. O problema é que temos uma estrutura herdada do regime militar, em que conteúdo chama-se disciplina, currículo é grade e avaliação é prova. Tiramos, por exemplo, Sociologia do currículo para incluir disciplinas técnicas. Como vamos querer que a população pense assim?".


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