sexta-feira, 25 de maio de 2012

Hoje é Dia Nacional da Adoção


Criado em 1996 no 1º Encontro Nacional de Associações e Grupos de Apoio à Adoção, o Dia Nacional da Adoção é uma conquista da sociedade brasileira cujo objetivo é promover a reflexão sobre o assunto e fortalecer a luta pela desmistificação da adoção e oportunidade de comemoração para as famílias formadas por adoção.

De acordo com o Portal Wikipédia, no Direito Civil, a adoção é o ato jurídico no qual um indivíduo é permanentemente assumido como filho por uma pessoa ou por um casal que não são os pais biológicos do adotado.

Dados levantados pela Agencia Brasil, informam que atualmente o Brasil possui quase 40 mil crianças e adolescentes abrigadas e apenas 15% do total estão habilitadas para a adoção e fazem parte do Cadastro Nacional de Adoção. Por outro lado, no mesmo Cadastro cerca de 20 mil famílias aguardam para adotar.

Segundo a matéria da Agência Brasil, a legislação enfatiza que o Estado deve esgotar todas as possibilidades de reintegração com a família natural antes de a criança ser encaminhada para adoção, o que é visto como o último recurso. A busca pelas famílias e as tentativas de reinserir a criança no seu lar de origem podem levar anos. Juízes, diretores de instituições e outros profissionais que trabalham com adoção criticam essa lentidão e avaliam que a criança perde oportunidades de ganhar um novo lar.

Em entrevista concedida à Revista Crescer, a psicóloga Lídia Levy, supervisora da equipe de psicologia da PUC-Rio, que atua em diferentes varas do Rio de Janeiro, explica que para adotar uma criança, é necessário sentir um desejo profundo de ter filhos.
“Não se pode confundir com a vontade de ajudar uma criança ou suprir uma carência da vida. Não é esse sentimento que você deve ter, é amor de mãe ou pai. Confundir o real motivo para adotar é como engravidar para salvar o casamento e depois se separar, ou seja, aquela criança nasceu para consertar outra coisa", diz Levy. E ela compara a situação como quando se tem um filho biológico. Ou seja, quando você segurou seu filho no colo, não o amava do mesmo jeito que o ama hoje. Afinal, o amor é construído a cada dia, assim como a maternidade também. 

Se você tem esse desejo, o primeiro passo é comparecer a um Juizado da Infância e da Juventude mais próximo. Lá, será feito um estudo do adotante que receberá um certificado de Habilitação e, então, entrará no cadastro (fila) para realizar uma adoção.



Os principais desafios de quem deseja adotar


- Preparar-se com antecedência: buscar informações e preparação psicológica sobre o processo e a dinâmica familiar que envolve a adoção;

- Revelação precoce da adoção para o filho, ou seja, falar sempre e desde sempre;

- Conversar sobre adoção e sobre sua história com o filho em diferentes momentos do seu desenvolvimento;

- Respeitar a criança e ajudá-la se ele quiser mais detalhes sobre a sua família de origem;

- Preparar cuidadosamente toda a família (tios, avós e amigos próximos) sobre a adoção para que não seja surpresa e, assim, diminuir o risco de discriminação;

- Falar do tema com tranquilidade e sentir-se confortável diante de estranhos e amigos. Não é preciso falar sobre o assunto o tempo todo; lembre que segredo sobre a situação não é bom, mas privacidade é essencial.


Fonte: Livro Adote com Carinho (Editora Juruá)



Para saber mais sobre adoção:



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