Shopping Iguaçu Square: Um shopping que não deu certo

Localizado entre o mercado Intercontinental e o Terminal Rodoviário, próximo ao Viaduto, ao Restaurante Popular e a Câmara Municipal, no maior centro comercial e de serviços da Baixada, o Shopping Iguaçu Square é pouco conhecido e freqüentado. 

Possui mais de 80 lojas em dois pisos, estacionamento próprio e praça de alimentação com palco para apresentações culturais. Porém algumas poucas lojas estão funcionando. No 1º piso são 5 lojas, com destaque para a agência do INSS e no 2º piso apenas um restaurante do tipo “self service” está funcionando.

O vereador Ferreirinha, presidente da Comissão de Indústria, Comércio, Trabalho e Emprego da Câmara Municipal, visitou o empreendimento esta semana e lamentou a situação do shopping. “Dá pena vê um empreendimento daquela magnitude não se reverter em algo que potencialize a cidade: geração de emprego, circulação de renda, criação de espaços culturais, de lazer e entretenimento, tão necessários em nosso município”, afirmou Ferreirinha.

Segundo informações obtidas pelo Blog do Ferreirinha junto a especialistas do setor, o fracasso deveu-se a um erro de concepção e estratégia de mercado. As lojas foram vendidas sem nenhum critério de organização e não se buscou grandes lojas (âncoras) que pudessem atrair o público. O mais grave é que desse jeito o Shopping Square poderá fechar em breve, tornando-se um grande “elefante branco” no coração da cidade.

Para Ferreirinha, apesar do Shopping ser um empreendimento privado, é importante uma ação do Poder Público. “Não dá para a gente passar em frente, olhar e dá de ombros, tipo: 'não tenho nada com isso'. O shopping agonizando ou fechado significa menos gente trabalhando e por consequência menos renda circulando e menos tributos arrecadados (iss, icms, taxas, serviços e outros). Daí, menos serviços públicos prestados”, argumenta.

Segundo o vereador o Poder Público, sobretudo a Prefeitura, tem que atuar como agente indutor, fomentador, incentivador e estimulador de ações que contribuam para a revitalização daquele empreendimento e de outros que necessite do agir da Prefeitura, como é o caso, por exemplo, da expansão do Top Shopping, até hoje emperrada.

“Para isso, é necessário reunir a administração do Square e as entidades comerciais, como CDL, Acini e Sincovani e também a Firjan, a fim de discutir possibilidades que produzam uma boa solução. Reunir quem entende do negócio. Não faltam empresas e grupos econômicos querendo investir em Nova Iguaçu. Ainda mais quando se trata de uma área privilegiada como aquela onde está o Square”, argumenta o vereador Ferreirinha.

Ferreirinha entende ainda que a Prefeitura, inclusive com a participação da Câmara Municipal, pode exercer um papel preponderante nesses casos. Porém, o vereador afirma que é necessário também que o Governo tenha consciência da dimensão da gestão administrativa de uma cidade do porte e da importância de Nova Iguaçu. “Repare só como faz falta a existência de uma Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Comércio, Indústria e Serviços. Sabendo que comércio e serviços são a principal vocação do município, temos que tratar este setor com a máxima prioridade", afirmou.